Fora do Jogo #4: Video game e negócios
Esta é a série Fora do Jogo, na qual Adriano Brandão e Danilo Silvestre conversam sobre o que está além do video game: a relação dos jogos com a sociedade que os cerca. Como os video games são influenciados e influenciam os mais diversos aspectos das nossas vidas?
Tem gente jogando, tem dinheiro circulando. Se desde o começo video games foram máquinas de fazer fortunas, hoje o patamar é ainda mais elevado: video games passaram a ser parte fundamental de qualquer estratégia de entretenimento. Quais as diferentes maneiras de jogos gerarem receita? O que mudou dos anos 1970 para agora? O que é maior: video games ou cinema?
00:03:25 – Tema
01:17:22 – Tag Team
Alura: a fase bônus que vai mudar o seu jogo!
A temporada Fora do Jogo é um oferecimento da Alura, a maior escola online de tecnologia do Brasil! Na Alura você pode aprimorar suas habilidades em áreas como programação, design, game design e diversas outras ligadas à tecnologia. O aprendizado pode ser desafiador, comparável a enfrentar um chefão de video game, mas as recompensas são valiosas: conhecimento prático e habilidades reconhecidas pelo mercado. Além das aulas, a plataforma oferece a possibilidade de tirar dúvidas com professores, interagir com outros alunos e até contar com a ajuda de inteligência artificial. Se você está buscando seu primeiro emprego na área de tecnologia, a Alura pode ser o item lendário que faltava no seu desenvolvimento! Acesse agora alura.com.br/poucopixel ou use o cupom POUCOPIXEL para garantir 15% de desconto exclusivo!
Os famosos links no post
- O fliperama que acumulava tantas moedas que deixava de funcionar era “Space Invaders“, da Taito. O sucesso foi tão grande que há histórias a respeito do governo japonês cunhando mais moedas para dar conta da demanda. Infelizmente não passam de mito
- Dois aparelhos que praticamente deixaram de existir – fliperamas e telefones públicos – eram no Brasil alimentados por fichas ao invés de moeda. Fichas telefônicas vinham em compridas cartelas de papel. Já fichas de fliperama costumavam vir com frases “educativas”
- O motivo das fichas, obviamente, era a inflação brasileira. Nos anos 80 ela chegou a superar os 80% mensais. Em outras palavras: os preços quase dobravam em um mês!
- Os fliperamas também foram impactados pela inflação do final dos anos 1970 nos Estados Unidos, que chegou a alcançar 14% em 1980. Jogadas custando moedas de 25 centavos – os famosos quarters – já não cobriam mais os custos de fabricantes e arcades. A solução mais usual era fazer os jogos pedirem duas ou três moedas, mas em 1979 o governo americano tentou resolver esta e outras questões lançando uma moeda de 1 dólar menor, conveniente para as máquinas. Problema: as novas moedas ficaram parecidas demais com os quarters. Como o público se confundia muito, em 1981 elas foram tiradas de circulação
- Os anúncios do primeiro Odyssey (o de 1972) insinuavam que o video game só funcionaria com televisores da marca Magnavox. Era mentira. E o video game fracassou
- Nolan Bushnell, o fundador da Atari, queria desenvolver um sucessor para o VCS (o Atari 2600) logo no primeiro ano do console, em 1978. Ele considerava o console inferior demais à concorrência. A Warner, que tinha acabado de comprar a Atari, preferiu a estratégia de lançar mais jogos para o video game já existente. Deu muito certo. Bushnell saiu da empresa em 1979. Foi se dedicar à cadeia de pizzarias que havia fundado em 1977
- A indústria de video games faturou 183 bilhões de dólares globalmente em 2023. Metade dessa receita veio de jogos de celular
- Projeta-se que a indústria cinematográfica deva alcançar 85 bilhões de dólares até o final de 2024; a de música gravada (não inclui shows) faturou cerca de 29 bilhões de dólares em 2023
- Acabamos não falando da crise atual dos video games. Para muitos, estamos em uma bolha de super oferta muito parecida com a de 1983
- Há um vídeo excelente do Wall Street Journal, publicado após a gravação deste episódio, que explica didaticamente o momento atual do mercado de consoles e traça um muito útil panorama histórico das diversas linhas de receita desse setor
- Estima-se um contingente de 3,3 bilhões de jogadores de video game em todo mundo; como comparação, há cerca de 700 milhões de assinaturas de streaming de música
- O Adriano está errado na proporção entre homens e mulheres no mundo. Segundo estudos da ONU, há cerca de 44 milhões de homens a mais que mulheres no planeta. Mas se considerarmos somente os países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, a OECD, que concentram cerca de 70% da riqueza mundial, a população é sim um pouco mais feminina que masculina: 51% contra 49%
- Eis a lista das maiores empresas de video game do mundo, em receita (2023)
- A Tencent não é uma companhia telefônica ou provedor de internet; ela é uma empresa de serviços online próxima das companhias do Vale do Silício a que estamos acostumados, como Google e Meta
- Muita polêmica já rolou por conta dos chamados jogos pay to win
- Há um vídeo muito famoso no YouTube que tenta explicar a lógica econômica por trás dos anúncios completamente falsos de jogos de celular
- Os bonecos “Star Wars” da Kenner protagonizam uma história bastante contada nos livros de negócios americanos. A Kenner era uma empresa relativamente pequena, não esperava tamanha demanda e teve dificuldade para produzir e distribuir os brinquedos; como não conseguiu fabricar a tempo do Natal de 1977 (o ano de lançamento do filme), vendia “certificados” que valeriam 4 bonecos assim que estivessem disponíveis
- A Marvel produziu 107 números dos quadrinhos de “Star Wars”, entre 1977 e 1986. As revistas adaptavam diretamente os filmes e também contavam histórias novas
- A Sony comprou os direitos do Homem-Aranha em 1999 por míseros 7 milhões de dólares. O valor parece ainda mais ínfimo quando pensamos que esses direitos são eternos – duram enquanto a Sony continuar lançando um filme do aracnídeo a cada 5 anos
- A frase Habemus timum obviamente não existe mas a declinação está certinha
- “Street Fighter II” só saiu no Super Nintendo, graças ao acordo de exclusividade vigente entre a Nintendo e a Capcom. A versão que conhecemos do Mega Drive é da continuação, “Street Fighter II: Champion Edition“, lançada um ano depois
- A continuação de “Die Hard” (“Duro de Matar”) não se chama “Die Harder”, mas “Die Hard 2“. No entanto, “Die Harder” foi o slogan de lançamento do filme
- O Yume Kojo ’87 não foi um festival de música, mas uma espécie de feira, confessadamente modelada no carnaval carioca, que celebrou tecnologia e a programação da Fuji TV. O Jogabilidade fez um vídeo mais que excelente sobre tudo isso
- Aliás, não tem permadeath nenhum em “Super Mario Bros. 2“; o Adriano delirou totalmente nessa
- Matryoshka é aquele bonequinho russo que tem um bonequinho igual dentro, que tem outro bonequinho… e assim por diante
- No episódio 12 da quinta temporada de “Os Simpsons” (1994), Bart Simpson fica famoso ao dizer uma frase boba na televisão (“I didn’t do it”) e rapidamente se cansa desse estrelato repentino. O episódio é repleto de referências ao próprio programa e ao sucesso dele
Nosso som
As lindas vinhetas do Pouco Pixel foram todas compostas pelo Rodrigo Faleiros. Conheça o trabalho dele! Já a música de fundo tem muito a ver com o launch lineup de um certo console…
Carinha do jabá
O Pouco Pixel é uma produção da AD&D Studio, que traz a você podcasts como o Bola Presa, o Escuta Essa, o Ilha Quadrada… e, em breve, muito mais!
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