Chronopedia #5: 8 bit
Esta é a série Chronopedia, na qual Adriano Brandão e Danilo Silvestre contam a história dos video games, década a década, console a console, tema a tema – uma verdadeira enciclopédia cronológica dos jogos, em doze capítulos mais que recheados de informação!
Neste quinto episódio, finalmente fechamos a década de 1980, falando do que você queria: video game! Como foi que a Nintendo, uma fabricante de fliperamas, conseguiu recuperar o mercado doméstico destruído pelo crash de 1983? O que o Nintendinho fez para dominar completamente as vendas e o imaginário da sua geração? E… o que o Master System e a Sega não conseguiram fazer?
00:06:14 – Tema
01:28:50 – High Five
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Os famosos links no post
- Fizemos um episódio inteirinho só sobre o crash de 1983
- A história das Aveias Quaker no mercado de video games é bem engraçada (e estranha). A Quaker (que no Brasil chamamos de “quáquer”, mas que originalmente é “qüêiquer”) ampliou drasticamente sua linha de negócios nos anos 1960. Em 1965 ela comprou a Fischer-Price, a famosa empresa de brinquedos educativos. A concorrente mais ferrenha da Quaker, a General Mills, resolveu imitar a rival e comprou a Parker Brothers (criadora de jogos de tabuleiro como o Monopoly), em 1968. A Parker Brothers entrou no mercado de video games no início dos anos 1980 e foi bem-sucedida nisso: títulos como “Empire Strikes Back” e “Frogger” se tornaram clássicos instantâneos. Então chegou a vez da Quaker imitar a rival, comprando a U.S. Games em 1982. Fechou no ano seguinte, não sem antes lançar um jogo extremamente icônico para o Pouco Pixel: “Sneak’n Peek“, o esconde-esconde favorito do Danilo
- A criadora de grandes produções (#sqn) como “Ratatoing” e “Carrinhos” é a brasileira Vídeo Brinquedo, que se aproveitava dos “baldões” de promoção de lojas como Americanas (#rip)
- A pequena cidade de Alamogordo, Novo México, de cerca de 30 mil habitantes, ficou famosa porque abriga o aterro sanitário no qual foram jogados dezenas de milhares de cartuchos que a Atari não queria comercializar
- O Atari 2800 – a versão japonesa do Atari VCS, o 2600 – tinha carcaça muito parecida com a do Atari 7800… que por sua vez, seria aproveitada pela Gradiente em seu Phantom System
- O fofíssimo Sega SG-1000, que tinha joysticks com manches, iguais aos de arcades e aos dos consoles da geração anterior
- Ao contrário, a linha de handhelds de cristal líquido da Nintendo, a Game & Watch, sempre teve controles direcionais em cruzinha – o que chamamos hoje de “D-pad“
- A Nintendo não chegou a avançar nos papos com a Atari para a produção de um computador. Mas gastou bastante tempo na criação de uma versão americana do Famicom que nunca foi lançada, o Nintendo Advanced Video System. Ele foi desenhado como um computador 8 bit ao estilo do Commodore 64, com acionador de cassete e teclado. O AVS foi amplamente anunciado mas substituído por um produto mais simples e barato: o NES que todos conhecemos e amamos
- Microsystems eram aparelhos de som relativamente compactos, “3 em 1” (CD, cassete e rádio), mais caixas de som. Eles substituíram, nos anos 1990, os “modulares” grandalhões mais comuns nos anos 1980
- Os cartuchos americanos e japonês da Nintendo eram um bocado diferentes, na altura e na largura. A origem da diferença é dupla: a necessidade da Nintendo controlar mais firmemente o mercado americano (com circuitos anti-pirataria tanto nos cartuchos como no console) e a falta de acessórios japoneses como o Famicom Disk System, cujas funcionalidades eram supridas pelos próprios cartuchos (como no caso da bateria e da memória volátil do “The Legend of Zelda” americano)
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- O Famicom japonês chegou a ter óculos tridimensionais eletrônicos ao estilo dos do Master System, mas eles nunca foram lançados no ocidente. Fora do Japão, jogos que quisessem passar sensações 3D precisariam encartar os manjados óculos de celofane azul e vermelho. É o caso de “Rad Racer“
- O manual original do Atari VCS americano ignora os botões dos joysticks; já o manual do Atari 2600 brasileiro, lançado pela Polyvox, menciona “botão vermelho do controlador”
- Tem um episódio todo do Pouco Pixel sobre participações especiais em jogos de video game (e, claro, sobre advergames)
- Na real, o manual do “Legend of Zelda” americano não fala nada sobre ser ou não um RPG. Nem a caixa
- Captain N: The Game Master é uma série animada que a NBC passou aos sábados entre 1989 e 1991. A Globo passou o desenho algum tempo depois, com o nome de Capitão N: O mestre dos jogos. O desenho mistura um monte de personagens de jogos do NES, da Nintendo ou não: Kid Icarus (no jogo o personagem se chama Pit, mas no desenho é Kid Icarus mesmo), King Hippo (“Punch-Out!!”) e também Mega Man e Simon Belmont (“Castlevania”)
- O The Super Mario Bros. Super Show! foi um programa de vida mais breve: foi transmitido somente em 1989 nos EUA. Ele misturava seções com atores (Mario era vivido pelo ex-lutador de telecatch Lou Albano) com partes em animação – 4 dias da semana, um desenho do Super Mario; às sextas, Zelda. No Brasil, a Globo passou a série, com o nome de Super Show dos Irmãos Mario (embora a dublagem falasse: “super espetáculo”). Espectadores paulistas estranhavam muito os irmãos serem chamados de bombeiros – é como encanadores são chamados no Rio, onde o programa foi dublado
- “Jet Set Willy“, jogo de 1984 para o ZX Spectrum, termina com o personagem principal entrando em uma privada
- “Duck Tales Remastered” foi desenvolvido pela WayForward e lançado em 2013 para PlayStation 3, Xbox 360 e Wii U
- A série “Punch-Out!!” (sempre com duas exclamações) começou nos arcades em 1984, com dois títulos: “Punch-Out!!” e “Super Punch-Out!!“. Curiosamente são os mesmos nomes dos jogos de NES (1987) e SNES (1994). Isso para não falar da versão para Wii, de 2009, que também se chama “Punch-Out!!”
- O segundo controle do Famicom (o “II”), tinha um microfone, projetado para receber comandos de voz simples nas versões japonesas de jogos como “The Legend of Zelda” e “Kid Icarus”
- “Battletoads“, o jogo de NES de 1991, recebeu vários ports e diversas continuações. A mais próxima ao original é “Battletoads in Battlemaniacs“, do Super Nintendo (1993), que requenta algumas das fases do jogo de Nintendinho. Do mesmo ano é “Battletoads & Double Dragon: The Ultimate Team“, para NES, SNES e Mega Drive, que foca mais em beat’em up (como a participação dos irmãos Lee claramente indica). Ainda mais beat’em up é o arcade “Battletoads“, de 1994. A série congelou até 2020, quando foi reavivada no Xbox One: “Battletoads” tenta atualizar o “Battletoads” original, sem muito sucesso
Nosso som
As lindas vinhetas do Pouco Pixel, inclusive nossa incrível música de abertura, foram compostas pelo Rodrigo Faleiros. Conheça o trabalho dele! Já a música de fundo é toda de um certo esquentadinho…
Carinha do jabá
O Pouco Pixel é uma produção da AD&D Studio, que traz a você podcasts como o Bola Presa, o Escuta Essa, o Ilha Quadrada… e, em breve, muito mais!
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